13 março 2008

Corre, raio de rio, e leva ao mar


Corre, raio de rio, e leva ao mar
A minha indiferença subjetiva!
Qual "leva ao mar"! Tua presença esquiva
Que tem comigo e com o meu pensar?

Lesma de sorte! Vivo a cavalgar
A sombra de um jumento. A vida viva
Vive a dar nomes ao que não se ativa,
Morre a pôr etiquetas ao grande ar...

Escancarado Furness, mais três dias
Te aturarei, pobre engenheiro preso
A sucessibilíssimas vistorias...

Depois, ir-me-ei embora, eu e o desprezo
(E tu irás do mesmo modo que ias),
Qualquer, na gare, de cigarro aceso...

Álvaro de Campos

05 março 2008

ALA


BALADA DAS AVES DE ARRIBAÇÃO
Passavam bandos nas sílabas de Fevereiro
a despedida paira sobre os arrozais.
Partem narcejas e marrequinhas
tarambolas abibes patos reais
e os bandos que passam parece que deixam
no ar a canção do nunca mais.
Os torcazes começam a juntar-se
e os tordos ainda cantam nos olivais.
Também eles em breve aprtirão.
E uma parte de mim vai para o norte.
Sou como as aves de arribação não consigo ficar
quando elas vão.

Manuel Alegre

03 março 2008

Descobri!


...

bzzzzzzzzz...
Andei perdida... de flor em flor.... meses e meses!

bzzzzzzzzzzzzzzz...
E tudo porque esqueci a série de números e letras que formam a password para abrir a ADSUM!

bzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz...