27 abril 2006

fadomorse


No sábado passado, dia 22 de Abril, fomos ao 'Tertúlia Castelense' no Castêlo da Maia (http://www.tertuliacastelense.com) com o objectivo de assistir a um concerto dos Fadomorse. O espaço do Tertúlia é fantástico. Não conhecia... e ... fiquei fã. Voltarei lá brevemente... Um misto de pavilhão chinês (Lx) e Casa das Artes (Bg).
Quanto ao concerto: muito bom! Já ouvira falar deste grupo, e tinha, inclusive, ouvido uma ou outra canção. Gostei... Mas o espectáculo ao vivo realmente superou as minhas expectativas. A entrega dos elementos do grupo, ao longo das duas horas de concerto, foi a 100%. Nessa noite fez-se música naquele espaço mágico que cheira a passado....
Recomendo: Fadomorse. A ouvir. Mesmo! Se estiverem interessados em mais informações visitem a página http://www.fadomorse.net

15 abril 2006

ad te...


Hoje choveu durante todo o dia... Uma chuva mansa, ora triste ora serena.
Sentei-me, levei a chávena do café aos lábios e este poema começou a soar fazendo-se acompanhar por música... Os meus olhos modelaram a água que se via cair lá fora e brilharam ainda mais...
Brilharam pela chuva que continuava a cair... pela música... e pelas saudades que as palavras acordaram...

Ary dos Santos, no seu melhor... *

Cavalo à solta

Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.

Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.

José Carlos Ary dos Santos

Oculi


A poesia dos olhos...